sexta-feira, 11 de abril de 2008

Tachos e Compadrio Continuam ...


Jorge Coelho vai assumir no final do mês funções na área executiva do maior grupo empresarial português, fazendo-o logo na presidência executiva da Mota-Engil. O Ex Ministro das Obras Públicas do PS não quer ficar a trás do também Ex Ministro das Obras Públicas do PSD, Ferreira do Amaral, que é o Administrador da Luso Ponte. Numa altura em que o país se prepara para começar a entrar em estaleiro, veja-se os projectos megalómanos que por ai vêm, TGV, Aeroporto, Nova Ponte sobre o Tejo, Barragens, Concessões Rodoviárias, etc, nada como ter um "Coelhone" na cartola para dar uma ajuda no desenvolvimento "Nacional". Mas há mais..., nesta nova reestruturação da Mota-Engil a chefia da comissão executiva vai ser entregue a um homem que já teve responsabilidades governativas na área (foi ministro do Equipamento Social, tendo sido seu secretário de Estado das Obras Públicas Luís Parreirão, um dos actuais administradores da empresa). Como podemos ver o cerco está bem montado.
Nada tenho contra que um ex-ministro assuma funções numa empresa privada, desde que seja competente para desempenhar a função para a qual é designado. O problema aqui, e que subsiste na sociedade portuguesa é o tacho e o compadrio. Este senhor não tem qualquer passado relevante como administrador e agora vai ser presidente do maior grupo de Construção Civil em Portugal, numa altura como já referi anteriormente com tantos projectos novos para a área da construção, isto será no mínimo estranho.
Todos sabemos que este senhor foi ou é ainda dirigente do PS (apesar de ter colocado já os seus lugares á disposição), melhor dizendo ele manda no PS, quer esteja lá dentro, quer esteja cá fora.
No meu ponto de vista já não deve ser preciso abrir concursos para nenhuma dessas obras porque elas serão, de certeza, adjudicadas à Mota-Engil.
É este regime de compadrio, que este senhor tão veementemente condenava na 'Quadratura do Círculo', que continua a impedir o desenvolvimento deste país.
É vergonhoso que pessoas que tenham tido responsabilidades governativas e que têm como sabemos uma certa influência junto de órgãos deliberativos, possam assim exercer cargos que serão vantajosos para as empresas que os contratam e para eles próprios.

1 comentário:

Anónimo disse...
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