Férias são férias e por uns tempos fiquei em "banho maria" em relação a tudo o que fosse política nacional. Contudo ainda existem práticas exercidas por certos políticos que me espantam.
A distinção a José Sócrates, feita pela C.M.Santarém surge alguns dias após Moita Flores ter declarado que não irá votar em Manuela Ferreira Leite nas próximas Legislativas. Apesar de ser novamente candidato pelo PSD à Câmara Municipal, Moita Flores diz que não têm qualquer relação com o PSD e que é candidato independente. Até aqui tudo bem, está no seu direito de votar em quem muito bem quiser e como ele o disse, ainda não saber em quem votar nas legislativas, pondo a hipótese até de votar no BE, interrogo-me o que terá o BE de parecido com o PSD, e a que propósito veio esta distinção ao José Sócrates. Os serviços que eventualmente tenha prestado à C.M. Santarém não se podem considerar como favores, o Estado Central tem o dever e a obrigação de fazer obra nas instalações que lhe pertencem. A passagem do Convento para a mãos da autarquia no âmbito das contra partidas negociadas pela não-construção do aeroporto da Ota, não chegam para que o executivo camarário tenha aprovado por maioria tal distinção.
Os scalabitanos merecem de facto melhores serviços e práticas de conduta que não sejam bajulações e mordomias. O jeito feito por Moita Flores ao Primeiro Ministro faz lembrar as condecorações feitas no tempo da outra senhora. A constante busca de protagonismo a par de um mediatismo burlesco que, no meu ponto de vista, cai no ridículo fazem de Moita Flores um homem sem ideais comunitários, pensando exclusivamente nos seus interesses. Estar em todo o lado ao mesmo tempo, opinando em matérias que não lhe dizem respeito, faz com que nada do que se faça seja bem feito. Por certo será este o caso. Um conselho para o Flores, dedique-se a uma coisa de cada vez, pode ser que assim consiga fazer alguma coisa bem feita.