sexta-feira, 30 de julho de 2010

" O Amor é Fodido"


Confesso que vejo muito pouco televisão, mas e por vejo pouco, procuro programas mais ligados à informação. Por este motivo a TVI nunca foi a minha estação de eleição, raramente o canal 4 está ligado (excepção feita ao Jornal Nacional, quando era apresentado pela Manuela, lol lol lol).
Soube que a direcção de programas, censurou uma cena, da "vida-novela" Morangos com Açúcar em que dois homens se beijavam. Porque teimam ainda em não retratar a sociedade no seu todo ??? Os gays existem e são por certo uma franja bastante significativa de população, será que não têm o direito de estarem representados em séries de novelas, já que estas deveriam representar um pouco da vida na sociedade.

Citando um livro do Miguel Esteves Cardoso diria que " O Amor é Fodido" e neste caso a TVI tenta ainda "fode-lo" mais.
Este é um verdadeiro acto de censura e discriminação. A Luta é sempre o caminho para acabar com o preconceito.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

ATENÇÃO, MUITA ATENÇÃO


Atenção muita atenção, a partir do mês de Setembro e por questões económicas os Hospitais de Santa Maria e Polido Valente deixam de ter nas urgências (durante o dia), especialistas ligados a várias especialidades e passo a citar algumas delas: cardiologia, oftalmologia, pneumologia, gastro e outras que também não devem interessar muito para o caso.

Aconselho todos os indivíduos que pertencem à área dos referidos hospitais a escolherem as horas em que lhes poderá dar um AVC, ou um enfarte, e por aí fora, etc, etc, etc, etc,...

E assim aos poucos vamos dando cabo do nosso Serviço Nacional de Saúde. E não é que ainda ontem vi a ministra a defender o estado social e a saúde para todos, ele há cada uma.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Farinha do mesmo saco


A proposta do PSD de revisão da Constituição surge no momento certo, como que a tábua de salvação ao PS. Passos Coelho quer demonstrar ao eleitorado que existem diferenças entre um e outro partido, e como na prática, em termos de politicas efectivas não existem diferenças entre os dois, o PSD tenta distinguir-se do PS, para tal propõe uma alteração da Revisão Constitucional, que só poderá ser aprovada no mínimo com 2/3 dos deputados. Para que isso aconteça teria o PS de aprovar as propostas feitas pelo PSD. No fundo, este PS de José Sócrates tem agora agora a possibilidade de sair da esfera do poder sem perder muito do seu eleitorado, dizendo, como já o faz, que é um partido de causas sociais e que defende a Constituição tal como ela está redigida. Este facto poderá fazer com que muitos descontentes, com medo das propostas do PSD continuem a ser enganados e votem novamente num PS que se diz de esquerda.

O tempo por certo irá dizer se estou enganado, mas como a memoria é muito curta e continuamente se impõe aos portugueses o bipartidarismo, tentando fazer crer que mais nenhum outro partido tem capacidade de governar o país, o PS tem aqui talvez a sua tábua de salvação não deixando "fugir" mais votos, tentando mesmo ir à esquerda conquistar eleitorado , principalmente ao BE.

É certo que esta proposta não irá passar na A.R. tal como é feita, mas será uma arma de arremesso, usada pelo PSD contra o PS para a aprovação do Orçamento de Estado.

Será necessário estarmos alerta porque estes dois partidos "jogam" de uma forma suja, e como a memoria é curta o povinho continua a cair nestas esparrelas. É fundamental esclarecer a opinião pública. Estejamos alerta.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O Controlo de uma Profissão

Abre amanhã a 1ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, com quase 54 mil vagas, mais 2.068 do que no ano passado. Infelizmente esse aumento de vagas não chega a um dos cursos que mais défice tem de profissionais em Portugal, o de Medicina. Neste momento estamos com falta de médicos, existem populações que não têm médico de família, serviços que funcionam a meio gás durante o verão ou encerram mesmo por falta de médicos,... e o Estado abre mais três vagas para o ano de 2010.
A Ordem dos Médicos, controladora desta classe profissional, considera que têm sido abertos lugares a mais naquele que é um dos cursos mais procurados, uma vez que, desde 2004, as vagas em Medicina subiram 40%, de 1.185 para 1.661. Mas o que é um facto é que os médicos existentes continuam a não chegar, e ao ritmo a que são formados daqui por 10 anos teremos um grave problema, pois os que saem (por reforma ou morte) não chegam repor a situação existente já de si deficitária. Continuando na linha do interaccionismo simbólico e do controlo por parte das ordens estruturais da profissão, sobre quem pode ou não exercer medicina, continuam os governantes a ceder a jogos de poder e ao corporativismos de instituições que a única coisa que pretendem é tirar benefício próprio para os seus associados controlando o número de vagas de acesso ao curso de medicina. O controlo que fazem em termos de universidades e respectivamente na entrada de novos estudantes para o ensino superior é assustador. As médias continuam a ser escandalosas, com a Universidade do Porto a pedir 183,7 (numa escala de 0 a 200) como nota mínima e a Universidade da Beira Interior, o estabelecimento mais recente a abrir o curso, a exigir 178,5.
Este corporativismo dos médicos fará com que mais cedo ou mais tarde passemos a ser um dos países mais atrasados em termos de cuidados de saúde. Não podem os governos deixar-se envolver nestes jogos de poder com o intuito de controlo de uma profissão. Se fazem falta mais médicos é baixarem as médias e dar a possibilidade de mais gente entrar nos cursos de medicina. É uma vergonha o que se está a passar entre a Ordem dos Médicos e o Ministério da Saúde com os acordos feitos no sentido da continuação dos médicos mesmo depois de reformados, com o pretexto de que existem serviços que fechariam caso estes médicos deixassem o activo nas instituições do Estado. Entendo que estes profissionais queiram ser bem pagos, mas não entendo como podem os mesmos controlar o acesso à profissão só com o intuito de quanto menos forem, mais prestigio, poder reivindicativo e "status" obterem perante os governantes e a população em geral.
Pergunto eu: onde fica a consciência desta gente quando começarem a morrer pessoas por falta de cuidados de saúde ??????

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Mais um livro, desta vez VERDE


Fala-se há muito na sustentabilidade da Segurança Social. Parece que neste momento a UE está a estudar a hipótese, de em conjunto, os 27 estados membros, aumentarem a idade de reforma, com a justificação de que as pessoas vivem mais anos. Para tal e porque a moda dos livros está a pegar, arranjaram então um Livro denominado Verde (deve ser da esperança) para estudarem o assunto. Segundo as conclusões da referida comissão é que a manter-se a situação que temos hoje, esta será a curto prazo in sustentável.

Então a Comissão Europeia do Livro Verde (esperança) vai abrir uma consulta pública, que se irá prolongar durante vários meses, sobre a forma como a União Europeia (UE) pode "apoiar (diria pressionar), melhor os esforços nacionais para proporcionar pensões adequadas, sustentáveis e seguras".
Bruxelas parte da constatação que os sistemas de pensões têm de enfrentar os problemas colocados com o envelhecimento da população europeia e agravados com a crise económica e financeira.

Bem, não sei como será nos outros países, mas aqui em Portugal não é habitual as entidades empregadores darem trabalho a pessoas com idade superior a 40 anos ( e já estou a colocar a fasquia muito alta). Será que um trabalhador com 60 anos arranjará facilmente emprego de forma a poder chegar à idade da reforma que querem impor? E qual será a idade justa para um trabalhador se reformar? 68, 70, 75...NUNCA?