quarta-feira, 30 de abril de 2008

1º de Maio na Alemeda



São mais do que muitas as razões para lutar. E neste 1º de Maio os trabalhadores Portugueses têm muitos motivos para dizerem na rua que estão descontentes. O custo de vida aumenta o Povo não aguenta. É preciso é urgente uma politica diferente. Não ao novo Pacote laboral.

Muitos são os motivos para que todos nós, tomando consciência de que a vida têm de ser vivida de uma forma plena, lutemos com a consciência de que é nosso dever tomar iniciativa e participar nestas manifestações. Tomar partido é o meu lema. Tomar partido contra as injustiças, contra a precariedade no emprego, contra os falsos recibos verdes, contra o aumento do custo de vida, contra uma falsa inflação que nos querem fazer crer que é baixa, contra o desemprego, etc etc,...
Tomar partido é dizer o que está mal, apontando soluções... Tomar partido é gritar e dizer BASTA.
BASTA dos aumentos da gasolina e do gasóleo. Estes 14 aumentos desde o principio do ano são uma farsa, com o euro a valer mais 50% do valor do Dólar, e sendo o barril do petróleo pago nesta moeda, como é que nós pagando em Dólares o barril do petróleo nos querem fazer crer que estamos a importar o petróleo mais caro ? Querem nos fazer de estúpidos ?
Basta fazer contas. Mas julgam que somos o Guterres que não as sabe fazer ? Roubar assim é descaramento e é um escândalo.
Por isso apelo a todos que tomem partido neste 1º de Maio e venham para a rua. Por todo o país vão haver concentrações e manifestações promovidas pela CGTP IN. Lutando pode-se ganhar alguma coisa, ficando de braços cruzados não se ganha nada. A LUTA É O CAMINHO.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O Cravo na Revolução

A flor que hoje e desde à 34 anos representa o símbolo da revolução portuguesa teve de ter uma origem. Os cravos vermelhos não apareceram assim do nada. Esta talvez seja a história mais divulgada além fronteiras e que muito poucos a conhecem cá em Portugal. História, verídica, teve a origem numa mulher, Celeste Caeiro. Anos mais tarde, a quando da minha adolescência conheci-a, quase no mesmo local onde ela á 34 anos atrás, sem o saber, protagonizou um acto que ficou para a historia de Portugal.
Celeste trabalhava num restaurante na Rua Braancamp. A casa fazia um ano nesse dia e os patrões queriam fazer uma festa. O gerente comprou flores para dar às senhoras, enquanto que aos cavalheiros se daria um porto. Chegado esse dia o patrão não abriu o restaurante explicando que estava a acontecer qualquer coisa e disse para levarem as flores.Então os empregados dirigiram-se ao armazém e viram molhos de cravos, havia vermelhos e brancos. Celeste ficou com os vermelhos. De regresso a casa, apanhou o metro para o Rossio e dirigiu-se ao Chiado. Deparou-se de imediato com os tanques. Ficou impressionada com aquele aparato todo. Segundo palavras dela e que ouvi ( ela deve ter contado esta história milhares de vezes ). Transcrevo aqui em entrevista dada ao Avante as suas palavras, assim conto na primeira pessoa a emoção que esta mulher sentiu.


« Quando vi aquilo... Bem, não há palavras. Sabia que alguma coisa se ia dar. E para bem, eu sentia que era alguma coisa para bem», diz.«Cheguei ao pé do tanque e perguntei o que é que se passava. E um soldado respondeu-me: "Nós vamos para o Carmo para deter o Marcelo Caetano. Isto é uma revolução!" "Então, e já estão aqui há muito tempo?", perguntei eu. "Estamos desde as duas ou três horas da manhã. A senhora não tem um cigarrinho?" "Não, eu não fumo. Se tivesse alguma coisa aberta, comprava-vos qualquer coisa para comer, mas está tudo fechado. O que eu tenho são estes cravos. Se quiser tome, um cravo oferece-se a qualquer pessoa." Ele aceitou e pôs o cravo no cano da espingarda. Depois dei a outro e a outro, até ao pé da Igreja dos Mártires. Foi lindo...»«Correu tudo muito bem», diz Celeste. «Tinha de correr, pois os cravos estavam nas espingardas e elas assim não podiam disparar...».
Poderia ter sido outra flor, outra cor até poderia não ter havido flor, mas houve. O cravo foi o símbolo da revolução na sua cVerificação ortográficaor vermelha.
E tinha de ser vermelho, o vermelho acompanha todos os momentos da evolução revolucionária da humanidade, desde as lutas dos servos na Idade Média à Revolução Russa, passando pela Comuna de Paris. A bandeira vermelha apareceu sempre como um símbolo dos explorados e da luta pelo futuro.
Amado por uns mas também odiado por outros o cravo vermelho passou desde esse dia a ser o símbolo de uma revolução, a nossa Revolução. Por isso neste dia 25 de Abril de 2008, muitos cravos vermelhos para todos, símbolo da Liberdade.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Com Abril, SEMPRE


Hoje um dia antes do 25 de Abril quero aqui recordar neste meu Blog que passaram 34 anos sobre a revolução dos cravos e do dia em que nos foi dada a Liberdade. Quero evocar aqui todos aqueles que durante mais de 48 anos de ditadura nunca se vergaram ao jugo desse regime que nos oprimiu e nos amarrou a uma ideologia fascista e repressora que fez com que muitos tombassem nessa luta pela liberdade. Muitos dos que inicialmente lutavam nem sabiam o que era a politica, nem tão pouco sabiam o que era ser comunista, mas nessa altura quem protestasse era considera um agitador e comunista.
Quero aqui destacar e homenagear os comunistas mortos, torturados e presos que souberam com a sua força e convicção dar uma esperança a muitos daqueles que queriam uma sociedade diferente, uma sociedade mais justa, mais fraterna e também a todos que não professando a ideologia comunista lutaram para que o Povo Português alcança-se essa Liberdade. Obrigado também aos gloriosos militares que souberam fazer uma revolução sem derramamento de sangue e muito em especial evocar aqui a memória de Salgueiro Maia.
Muitas das conquistas alcançadas nesse dia foram ao longo deste anos sendo retiradas pelos sucessivos governos. Mas no essencial a Constituição da Republica Portuguesa consagra ainda hoje muito daquilo porque os comunistas e muitos outros democratas lutaram, apesar de a tentarem sempre nas sucessivas revisões "apunhalar"
A luta não para. É preciso continuar não desistir, muita coisa ficou por fazer, muitas promessas ficaram por cumprir. Hoje quase que diria que é preciso um novo 25 de Abril, para dar novamente esperança ao povo da minha terra. Façamos com que os nossos políticos cumpram aquilo que tanto prometem. Acreditemos que a mudança pode ser possível . Nem todos são iguais. O meu partido sempre esteve e estará com Abril e citando o poeta " é por isso que o meu partido é melhor".
Viva o 25 de Abril.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Violência Domêstica- Um Flagelo em Portugal


A Violência Doméstica em Portugal é um flagelo tão grande como o cancro. Segundo as estatísticas referentes aos dados da PSP / GNR e da A.P.A.V. só no ano de 2007 foram registados quase 22.000 casos de agressões. Verifica-se um aumento relativo a 2006 , quando nesse mesmo ano tinha já havido um acréscimo de participações na ordem dos 30% relativas a 2005. Deste numero mais de 85% das vitimas são mulheres, contabilizando-se aqui um cada vez maior numero de agressões contra idosos. Por dia mais de 112 mulheres recorrem ás autoridades policiais denunciando casos de tortura e agressões por parte dos maridos, companheiros ou namorados. Muitas chegam mesmo a morrer.

Segundo o que li a A.P.A.V. diz que estes não serão os números reais, pecam por defeito. Muitas das mulheres que recorrem a esta associação não apresentam denuncia contra os infractores. Isto infelizmente faz de Portugal o país da UE com mais casos deste género. Continuamos á frente na estatística sempre pelo lado mais negativo. As autoridades policias pouco podem fazer contra estes infractores. Parece que voltamos ao antigamente em que a mulher era propriedade do seu senhor. Lembro que não foi á muito tempo atrás que a legislação portuguesa contemplava artigos destinados à subjugação da mulher por parte do homem. A mulher não tinha o direito ao divorcio, a mulher não tinha o direito de se ausentar do país sem uma autorização escrita pelo marido, a mulher não tinha o direito sobre os filhos, as mulheres que fossem professoras primárias ou enfermeiras não tinham o direito a casar, etc, etc, ... a mulher só tinha um dever o de procriar e tratar dos filhos e do marido. Muitas foram as que aguentaram tais situações quase de escravatura, porque a maioria delas não tinha a capacidade económica para se poder sustentar. Com o 25 de Abril a mulher Portuguesa ganhou um novo estatuto, uma certa igualdade para com o homem, pelo menos no papel. Infelizmente ao longo destes últimos anos nota-se que cada vez mais as mulheres são vitimas de abusos quer físicos quer sexuais por parte dos seus companheiros. O mais incrível é que as autoridades policias pouco ou nada conseguem fazer para colmatar tais situações. É verdade que já foi criada dentro destas forças policias pessoal especializado para lidar com estas situações, mas o que é certo é que os culpados quase nunca são punidos.

Penso ser de importância máxima continuar a denuncia destes casos e penso ser necessário mudança de legislação para proteger a vitima.
Uma sociedade que não cuida dos seus cidadãos não pode nunca evoluir e a nossa pelos vistos está a regredir.
Educar é necessário. Mas num país onde se fecham escolas e hospitais não acredito que este seja um problema que vá ter uma resolução breve.

A minha solidariedade para com todas aquelas que sofrem e dizer-lhes que vale a pena lutar e denunciar.
A vida é só uma, temos de lhe dar a oportunidade de ser vivida com dignidade.

Tratado de Lisboa Rectificado ás Cegas


Hoje dia da rectificação do Tratado de Lisboa pergunto-me qual foi a discussão publica e o esclarecimento feito por aqueles que hoje o vão assinar na Assembleia da Republica.

PS, PSD e CDS vão então rectificar um Tratado que esteve em discussão publica durante 24 dias e que ninguém soube onde se discutiu. Não me lembro que tenham sido feitas secções esclarecimentos por estes partidos, não me lembro de ter existido algum debate na televisão publica ou nas televisões privadas em que se procurasse esclarecer e informar o que era de facto este Tratado. Não me lembro onde foi anunciado onde se iriam realizar estas secções de esclarecimento.

No meio desta baralhada toda li ontem uma noticia que me fez rir. Tal como prometido pelo governo o debate publico foi feito. E sabem onde ? No Edifício Jean Monnet, numa sala não muito grande, em que cabiam cem pessoas, situado para os que não sabem na Rua do Salitre. Mas o insólito foi o numero de assistentes..., em média 4 por secção. Leram bem quatro pessoas por secção. Das duas uma, ou as pessoas numa maneira em geral não estão interessadas ou não tinham conhecimento desta iniciativa, vou mais pela ultima. Mas compreendo o porque do desconhecimento. O Povo têm de estar entretido com outros problemas, muita informação faria por certo levantar consciências, interrogações e por certo faria com que se levantassem vozes contra este tratado, por isso mesmo e para calar aqueles que diziam que esclarecimento não se fazia, fizeram então estas secções de esclarecimento quase que privadas. Ficamos então a saber que dos dez milhões de Portugueses pouco mais de 100 estarão verdadeiramente informados do teor do tratado. Mais uma vez a nossa classe politica passa um atestado de estupidez a todos nós, não informando, omitindo e querendo calar a verdade de factos que em muito poderão lesar a nossa Soberania Nacional, a nossa Independência.

Aqui deixo a nota informativa que saiu publicada no Centro de Informação Europeia Jean Monnet:

As "sessões de informação Jean Monnet sobre o Tratado de Lisboa" terão lugar entre 31 de Março e 24 de Abril de 2008 no Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal (GBEP) / Representação da Comissão Europeia em Portugal (RCEP).
Enquadramento
O Tratado de Lisboa encontra-se actualmente em fase de ratificação pelos Estados-Membros, após ter sido assinado no Mosteiros dos Jerónimos a 13 de Dezembro de 2008 pelos Chefes de Estado e de Governo.Portugal optou pela ratificação parlamentar com a aprovação, por parte do Governo, da resolução sobre o Tratado de Lisboa para ratificação no Parlamento no dia 17 de Janeiro de 2008 (Comunicado do Conselho de Ministros de 17 de Janeiro de 2008).
Objectivo
Informar o cidadão sobre o Tratado de Lisboa e a proposta da ratificação deste por via parlamentar
Organização
Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal (GBEP)
Representação da Comissão Europeia em Portugal (RCEP)
Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD)
Oradores
Estas sessões de informação serão orientadas por responsáveis e formadores das três entidades
Destinatários
Todos os cidadãos interessados
Participação
Entrada gratuita mediante inscrição
Horário das sessões
2ª a 6ª feira, das 18h30 às 19h30
Saiba mais...
Contactos:
Edifício Jean Monnet
Gabinete do Parlamento Europeu / Representação da Comissão Europeia
Tel.: +351 213 504 975


P.S. Ainda estão a tempo de ir, as secções só terminam amanhã e por certo ainda haverá inscrições, lol lol lol lol

terça-feira, 22 de abril de 2008

"Mona Lisa" Portuguesa


O quadro do pintor italiano Leonardo da Vince será talvez o retrato mais famoso na história da arte. Pode-se dizer até que será mesmo o mais famoso do mundo. Mona Lisa (também conhecida como La Gioconda ou, em francês, La Joconde, ou ainda Mona Lisa del Giocondo), apresenta uma mulher com uma expressão introspectiva e um pouco tímido, o seu sorriso é sem duvida sedutor. Representa sem duvida uma mulher da época, grande no porte, feminina sem o ser em demasia. Muitos são aqueles que defendem que o retrato não será mais que uma auto reprodução do pintor e que aquela mulher nunca existiu mesmo como mulher.

Bem Mona Lisa poderá nunca ter existido, mas esta que aqui está representada no retrato existe mesmo. Não têm de facto a sensualidade da Gioconda, nem tão pouco o mesmo porte majestoso do original, nem tão pouco aquela expressão romântica. Esta de quem se fala nunca sorri. Mulher de poucas palavras foi considerada a Thatcher Portuguesa, pelas suas medidas anti populares e inflexíveis a quando da sua passagem pela pasta da Educação e das Finanças no tempo de Cavaco. Conselheira de Estado, por indicação do Presidente da Republica, depois de se indispor com Pedro Santana Lopes saiu da vida activa do partido, sem contudo nunca ter deixado de ir dando umas "alfinetadas" nos vários lideres que por lá foram passando.

Quanto ás posições politicas actuais é de notar, e como já tenho referido, que nada de novo têm a acrescentar ao que já existe. Veja-se as varias entrevistas que Ferreira Leite têm vindo a dar ao longo destes 3 anos de governação Socrática. Sempre concordando quer com a diminuição do poder do estado na sociedade portuguesa, desligando-se este do cumprimento das suas funções, assim como de todas aquelas medidas que foram criadas para o tal emagrecimento do estado, como o fecho de maternidades, serviços de saúde, escolas, etc.
Penso que o povo está farto de mais do mesmo. Esta classe politica está caduca e verdadeiramente desligada dos problemas reais da população.
Não tanto como o retrato, Manuela Ferreira Leite será, caso chegue a líder do PSD a cópia de um Sócrates mais austero e mais arrogante que nada de novo terá a acrescentar á pobreza de ideias existente neste dois partidos ditos de governo.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A alternativa do PSD


Está ao rubro a guerra pela liderança no PSD. Depois da renuncia de Luís Filipe Menezes na passada semana, começam agora a surgir alguns candidatos para ocupar o respectivo lugar. Menezes nestes seis meses não conseguiu de facto unir em torno de si o partido. Já diz o povo " casa onde não há pão, todos ralham e ninguém têm razão", e este ditado é bem verdade. É um facto que o PSD pouco ou nada tem feito para liderar a oposição. Essa liderança está, como se tem vindo a verificar, a ser feita à esquerda do PS.
Mas analisando bem, seja qual for o líder eleito, será muito difícil a este PSD fazer oposição a um governo e a um partido que lhe tomou o seu espaço politico. O PS é hoje dentro do espectro politico português um partido com um estatuto de esquerda e que faz no concreto uma politica governativa de direita. As politicas impostas são claramente as mesmas que o PSD faria se lá estivesse, com uma agravante é que o PSD não iria tão longe como o PS o foi. Nunca como agora o poder económico esteve tão bem. A crise que de facto existiu e pelos vistos continua a persistir foi e continua a ser paga pelos mesmo, os que trabalham por conta de outrem e pelas pequenas e médias empresas.
Pergunto, o que faria o PSD de diferente se fosse ele a governar ???
Por tudo isto será muito difícil fazer oposição a este PS. Seja qual for o novo líder do PSD, e candidatos já os há com fartura, as propostas serão sempre muito fracas e não passarão de um fait divers para enganar o povinho, fingindo que com eles seriam diferente.
Mas numa coisa o Menezes têm razão, aqueles que ao longo destes seis meses, nada fizeram para em conjunto com ele, tentar arranjar alternativa, agora deveriam aparecer e candidatar-se. É que não é só mandar postas de pescada para o ar, é preciso concretizar as criticas e chegarem-se á frente. Ao Professor/Comentador, á Sinistra que já foi das finanças e a outros que tais, não basta andarem sempre a minar o partido, se de facto fariam melhor então que se candidatem. É preciso uma oposição de direita, mas compreendo bem que é muito difícil fazer-se essa oposição quando é há direita que se está governando. Assim o povo fica baralhado.
Este PS não é mais que um "lobo numa capa de cordeiro". Só vejo mesmo uma solução, se o PS ocupou o espaço que dantes era do PSD, então ao PSD só resta fazer o papel que o PS deveria fazer e transformar-se ele mesmo num partido de esquerda, porque de direita já nós estamos servidos.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Festival Indie Lisboa 2008


Vai já na sua 5º Edição este Festival de cinema e que aos poucos se vai tornando uma referencia no panorama nacional e internacional. Diferente, inovador vai decorrer de 24 de Abril a 5 de Maio no Maria Matos, Fórum Lisboa e cinemas Londres e São Jorge. O Indie 2008 vai mostrar 238 filmes de 40 países, o que demonstra a sua diversidade cultural. Este ano, os Heróis Independentes com direito a homenagem e retrospectivas são o realizador de Hong Kong Johnnie To, mestre da acção, policial e comédia; o espanhol José Luis Guerin, autor de En Construcción, Comboio de Sombras ou En la Ciudad de Sylvia, que competiu em Veneza 2007; e o Novo Cinema Romeno, pela sua crescente projecção internacional, que culminou com a Palma de Ouro no Festival de Cannes para 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, de Cristian Mungiu. O Indie 2008 abre com a antestreia de My Blueberry Nights, de Wong Kar Wai, que inaugurou o Festival de Cannes do ano passado. A presença portuguesa totaliza 27 títulos, incluindo documentários como Álvaro Lapa: a Literatura, de Jorge Silva Melo. Além da Competição Nacional (longas e curta-metragens), continuam as habituais secções IndieMusic, Observatório, Laboratório e IndieJúnior, e as actividades paralelas (Lisbon Screenings, Lisbon Talks), painéis e mesas-redondas. Em 2007, o IndieLisboa teve 35 500 espectadores, mais 7500 segundo a organização do que no ano anterior, este ano espera-se muito mais. Eu lá estarei e convido todos a estarem presentes.

C.M. Lisboa cobra Taxas


Existem dezenas de colectividades no concelho de Lisboa. São elas que muita das vezes dão vida aos bairros típicos desta cidade, levando alguma animação, desporto e cultura a uma boa parte dos seus habitantes. São as colectividades muitas das vezes que substituem as autoridades competentes, neste caso a C.M.L. na resolução de certas lacunas existentes nestes bairros. São elas que promovem o desporto entre as crianças entre os mais velhos, etc.
Então não é que a C.M.L. lhes exige o pagamento de milhares de euros de taxa de ruído sobre a realização de arraiais e outros eventos populares em 2002 e 2003, inseridos nas Festas de Lisboa.
Isto é vergonhoso, porque a Câmara vem agora cobrar essas taxas às colectividades, que organizam iniciativas para apoiar crianças, idosos e pessoas necessitadas, mas dá isenção ao Rock In Rio e ao Rally Lisboa Dakar, que tem fins lucrativos. Caso muitas destas colectividades paguem estas taxas no valor de milhares de euros, irão á falência e serão obrigadas a fechar as portas. Perde-se assim um património histórico desta nossa cidade. Mais uma vez se comprova que para os grandes eventos efectuados na cidade e patrocinados pelos grandes tudo se dá, aos pequenos que são aqueles que todos os dias estão muita das vezes a resolver problemas que deveriam ser as autoridades a selar pelos mesmos, têm de pagar taxas. Grande justiça essa.
Não vejo o representante do BE levantar a voz contra esta injustiça. Agora que está em coligação com o PS esqueceu-se por certo daquilo que defendia em campanha. O mais grave é que vota a favor destas medidas.
Como é que eles querem que o povo acreditem neles.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Tachos e Compadrio Continuam ...


Jorge Coelho vai assumir no final do mês funções na área executiva do maior grupo empresarial português, fazendo-o logo na presidência executiva da Mota-Engil. O Ex Ministro das Obras Públicas do PS não quer ficar a trás do também Ex Ministro das Obras Públicas do PSD, Ferreira do Amaral, que é o Administrador da Luso Ponte. Numa altura em que o país se prepara para começar a entrar em estaleiro, veja-se os projectos megalómanos que por ai vêm, TGV, Aeroporto, Nova Ponte sobre o Tejo, Barragens, Concessões Rodoviárias, etc, nada como ter um "Coelhone" na cartola para dar uma ajuda no desenvolvimento "Nacional". Mas há mais..., nesta nova reestruturação da Mota-Engil a chefia da comissão executiva vai ser entregue a um homem que já teve responsabilidades governativas na área (foi ministro do Equipamento Social, tendo sido seu secretário de Estado das Obras Públicas Luís Parreirão, um dos actuais administradores da empresa). Como podemos ver o cerco está bem montado.
Nada tenho contra que um ex-ministro assuma funções numa empresa privada, desde que seja competente para desempenhar a função para a qual é designado. O problema aqui, e que subsiste na sociedade portuguesa é o tacho e o compadrio. Este senhor não tem qualquer passado relevante como administrador e agora vai ser presidente do maior grupo de Construção Civil em Portugal, numa altura como já referi anteriormente com tantos projectos novos para a área da construção, isto será no mínimo estranho.
Todos sabemos que este senhor foi ou é ainda dirigente do PS (apesar de ter colocado já os seus lugares á disposição), melhor dizendo ele manda no PS, quer esteja lá dentro, quer esteja cá fora.
No meu ponto de vista já não deve ser preciso abrir concursos para nenhuma dessas obras porque elas serão, de certeza, adjudicadas à Mota-Engil.
É este regime de compadrio, que este senhor tão veementemente condenava na 'Quadratura do Círculo', que continua a impedir o desenvolvimento deste país.
É vergonhoso que pessoas que tenham tido responsabilidades governativas e que têm como sabemos uma certa influência junto de órgãos deliberativos, possam assim exercer cargos que serão vantajosos para as empresas que os contratam e para eles próprios.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Parabéns Futebol Clube do Porto


Depois do ultimo posts em que fiz a comparação entre as várias variantes do numero "6" queria, e para terminar esta parte futebolística, dar os parabéns á minha equipa, o FCP, por mais um campeonato ganho.
Merecida vitória, não sei se por mérito próprio se por desmérito dos adversários, mas o que é certo é que o Porto está em vias de se tornar o clube português com mais campeonatos ganhos, ultrapassando assim o seu principal "rival". Tenho a certeza de que o FCP actualmente ultrapassou as suas fronteiras, passou de um clube regional, que o foi durante muitos anos, para um clube á escala nacional e internacional, e só não o é mais, por culpa deste confronto permanente que certos dirigentes de futebol fazem, exacerbando certos acontecimentos que há escala do futebol são normais, em actos de afrontamento a uma Região. Claro que estou a falar de Jorge Nuno Pinto da Costa, mas não só. Bem sei que se o FCP chegou onde chegou foi sem duvida mérito dele. Também entendo que para que tivesse a mobilização de toda uma Região, em determinada altura, ele (JNPC) se visse obrigado a empolar certos "confrontos" mais ou menos inflamados, para tornar o F.C.Porto num clube ganhador. Mas ao fim de tantos anos penso que esse discurso está ultrapassado e gasto. As ultimas declarações de JNPC foram ridículas, no meu ponto de vista e não fazem o mínimo sentido. Tal como disse o FCP é neste momento um clube a nível Nacional como se vê através das diferentes sedes que vão abrindo pelo pais fora com grande destaque para o Alentejo e Algarve e pelo resto do mundo onde existem emigrantes. Será, e não tenho a menor duvida, o clube Português que mais adeptos têm vindo a angariar nestes últimos anos. Mas penso que seria ainda maior este meu clube se o seu presidente deixasse esse seu regionalismo de lado. O FCP cresceu tanto que ultrapassou as fronteiras de uma região.
Não pode o Sr. JNPC continuar a alimentar esta " guerra " entre o Norte e o Sul quando não existem razões para tal, o FCP não pode servir de arma de arremesso contra certos interesses instalados.

Ao FCP instituição, os meus parabéns e votos de êxitos futuros, são as expectativas de um adepto de Lisboa.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

"Seis" é aquele numero


Mais uma vez. e parece estar a tornar-se um hábito, o Futebol Clube do Porto sagrou-se a cinco jornadas do fim do Campeonato, Campeão Nacional de Futebol do ano de 2007/2008. Os festejos tiveram lugar no estádio do Dragão contra o Estrela da Amadora e depois transbordaram para aquela imensa avenida, que se transformou num oceano de azul. Marcaram-se 6 golos, todos do FCP. O Porto foi de facto arrasador.
Por acaso, e só mesmo por um acaso, este numero, o "6" vai ser, segundo dizem os entendidos, muito falado, pois será o numero de pontos que querem tirar ao FCP, porque segundo a nota de culpa o Porto terá falseado um resultado de um jogo de uma época já passada.
Sempre fui pela verdade desportivo e acho que se existir prova dos factos descritos com verdadeiro fundamento, quem os praticou deverá ser punido. A lei é sempre para se cumprir, seja o interveniente que for. Esta história do apito dourado tem fundamento, no meu ponto de vista,claro está. Num país onde a verdade desportiva é muito duvidosa não acho correcto tentar-se arranjar bodes expiatórios para o mal dos outros. Como disse caso se prove (e a instituição FCP deverá sempre fazer valer os seus direitos de defesa), mas caso se prove, deve o FCP ser punido pelos actos ilícitos praticados. Mas e os outros Grandes. Sei que com o mal dos outros podemos nós bem, mas indigna-me esta verdade desportiva não ser para todos de igual forma. Não vamos fingir e esquecer o que se passou antes do 25 Abril. Sabemos bem que o SLB foi o clube do regime, veja-se os campeonatos que ganhou seguidos. O regime fez deste clube o seu protector, enquanto o Benfica ganhava o povinho andava calado. Este foi um facto e uma realidade. Alternava de uns tantos em tantos anos com o SCP, para ir calando alguns, mas o povo estava contente pois o Benfica ganhava tudo, quer fosse por mérito próprio ou não. Mas ainda há muito pouco tempo atrás com certeza que se devem lembrar do escândalo que foi com o Estoril, um clube satélite do Benfica. Então e contra esses não se faz nada??? Será que o Porto está a incomodar assim tanta gente ???
Pois, é que de facto o Benfica já não ganha á muito tempo... e isso começa a ser perigoso o povo começa a não andar distraído o suficiente e os problemas que se poderiam esconder ficam mais á vista. Não é fácil calar "6 milhões de Portugueses".
De facto o "6" é aquele numero.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Quem quer Adopção Paga


E para terminar a semana em beleza aqui fica mais uma daquelas noticias avulso deste querido governo, mais concretamente do Ministério da Solidariedade Social que a mim me dão uma certa urticária. Então não é que o nosso Governo vai impõe uma taxa de 576 euros para os processos de adopção. Eu explico. Segundo Leonor Paiva Watson do Regulamento de Adaptação "Os candidatos a pais adoptivos terão que avançar com 576 euros para iniciar o processo de adopção, a partir do próximo mês de Setembro. A medida está prevista no Regulamento das Custas Processuais - aprovado pelo Decreto-Lei n.º 34/2008, de 26 de Fevereiro - que acaba com a isenção de custas nestes casos."
Ao abrigo da lei ainda vigente todos os processos judiciais de adopção estão isentos de custas, quer no início quer no fim. Quer isto dizer que a partir de Setembro, os requerentes terão que avançar com esta verba de 576 euros, (que poderá ser devolvida e sublinho poderá, no final do processo, depois de transitar em julgado).
Eu digo ou os gajos não estão bons da cabeça ou o défice afectou-lhes os neurónios e já não conseguem pensar.
Então as nossas instituições não estão cheias de crianças, algumas com idades já avançadas e que já não conseguem encontrar uma família de acolhimento isto por culpa de uma legislação retrograda e que leva a que processos de adaptação estejas anos infinitos para darem uma resposta. Não era de o Governo legislar em sentido contrario, fomentando esse mesmo incentivo e tornando as regras de adopção mais fáceis e menos morosas.
Proteger as crianças, não é meter em instituições e deixa-las por lá até serem é procurar encontrar uma família e uns pais que saibam dar amor, carinho e educação. Mas será que é assim tão difícil estes gajos perceberem isto. E depois queixam-se de que há muitos delinquentes. Pudera são eles mesmos que os criam. Não culpo esses menores que fazem porcaria, culpo é estes governantes sem sentido que só pensam no bem estar deles e só pensam nos "desgraçados" quando chega o Natal.

Martin Luther King


Faz hoje 40 anos que Martin Luther King foi assassinado. Recordo este homem que fez da sua vida uma bandeira pela liberdade, pela igualdade, contra a discriminação racial por uma América mais justa. O desaparecimento deste grande homem não travou a sua luta, pelo contrario, abriu consciências, despertou atitudes. Tudo começou quando uma mulher, costureira de profissão, resolveu entrar num autocarro destinado a brancos e se sentou num lugar não a si destinado. Foi presa. A partir deste acto heróico, Luther King tomou a consciência de que não podia ficar indiferente a tal opressão e descriminarão, tinha de fazer algo. Foi este ideal que alimentou mais ainda o homem que disse que um dia teve um sonho com uma América diferente.
Um dos momentos mais marcantes da vida de Luther King aconteceu em Agosto de 1963, quando reuniu 250 mil pessoas em frente ao monumento a Abraham Lincoln, em Washington, e proferiu o célebre discurso «I have a dream» (Eu tenho um sonho).
No ano seguinte, com apenas 35 anos, a sua luta pacífica pelos igualdade de direitos, valeu-lhe o Prémio Nobel da Paz.
A 4 de Abril de 1968, Luther King foi atingido a tiro, quando saiu à varanda de um motel em Memphis, onde se encontrava para se associar a um protesto de um grupo de trabalhadores do lixo da cidade em greve.
O Sonho dos grandes homens nunca morre enquanto as injustiças do mundo permanecerem. A luta continua, a vitória um dia será certa.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Semana de protesto no Porto


Não é só nos órgãos de informação que tentam calar a voz dos comunistas. O Sr. Rui Rio Presidente da C.M. do Porto, destacado dirigente do PSD, exercendo do autoritarismo que o caracteriza, manda sistematicamente retirar toda a propaganda politica do PCP colocada pela cidade ( nos locais onde esta é permitida). Só que perante os protestos constantes feitos pelo partido a Comissão Nacional de Eleições veio dar razão ao PCP e esta semana foi reposta a legalidade, recolocando toda a propaganda politica retirada abusivamente pela Câmara Municipal. Termina então amanhã uma semana de protestos organizados pelo Partido na cidade do Porto. Esta série de iniciativas, contra os sistemáticos ataques às liberdades por parte da maioria PSD/CDS-PP, pelo respeito da Constituição da República e em defesa da liberdade de expressão, foi lançada segunda-feira, na Avenida dos Aliados, e incluiu a circulação, durante toda a semana, de uma carrinha móvel sonora, decorada sob o tema «Rui Rio não cala o PCP», na área envolvente dos Paços do Concelho.Em cada dia, ocorrem outras acções: interpelações do Presidente de Câmara, pelos eleitos da CDU, nas reuniões da Assembleia Municipal e da Câmara; apresentação de queixas à Comissão Nacional de Eleições e ao Tribunal Administrativo.

Existe um regulamento aprovado em A..M. com os votos do PSD, CDS e PS em que é proibida a afixação de propaganda politica ou de outro tipo em determinadas zonas da cidade. O PCP apesar de não concordar respeitou. Mas o mesmo não aconteceu com o partido de Rui Rio e Luís Filipe Menezes que manteve durante várias semanas um outdoor, colocado em plena Rotunda do Freixo, sem que tivesse havido qualquer intervenção por parte da Câmara. Por outro lado, na baixa, na Boavista, no Campo 24 de Agosto, no Hospital S. João, entre muitos outros locais de onde o PCP viu a sua propaganda ser retirada, abundam as estruturas de publicidade comercial e até da própria Câmara Municipal.

A Comissão Nacional de Eleições considerou, em mais do que um parecer, que o Regulamento Municipal sobre Propaganda Política «infringe, tal como se encontra formulado, e nos termos expostos, dispositivos constitucionais e legais em matéria de liberdade de propaganda», na medida em que «a afixação de mensagens de propaganda em lugares ou espaços públicos, seja qual for o meio utilizado, é livre, no sentido de não depender de obtenção de licença camarária», e que «o exercício da liberdade de propaganda não tem de confinar-se aos espaços e lugares públicos disponibilizados pela Câmara Municipal» e não pode «ser objecto de regulamentação pela Câmara Municipal do Porto, que não tem competência nessa matéria, competindo a mesma à Assembleia da República».

Como podemos todos constatar a ilegalidade é constante. O mais engraçado é que destas coisas não falam eles. Venham-me cá falar de falta de democracia no Tibete, não é preciso ir tão longe ela existe mesmo aqui, debaixo dos nossos olhos.

"Só vai dar PCP"


Não é a primeira vez que me indigno contra a nossa Comunicação Social. É um facto de que ela não usa o mesmo critério de isenção na informação, em relação ás várias forças politicas e mais concretamente no que diz respeito ao PCP. Veio agora a publico a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), no seu relatório anual sobre exactamente o tema "Pluralismo", dar razão ás minhas criticas. Falo concretamente no programa semanal emitido na RTP, " Prós e Contras" em que este relatório reconhece a discriminação de que o PCP é alvo. A ERC constatou que, num total de oito edições do programa em que intervieram membros do Governo e de partidos políticos, durante os últimos quatro meses de 2007, o Governo e o PS foram representados por 62, 5 por cento do total de convidados. Seguidos pelos PSD (18,8), o CDS-PP (12,5) e o BE (6,3). «Não se identificaram presenças de actores do PCP e do Partido Ecologista “Os Verdes”», cita o referido relatório. A ERC confirmou também a existência de um «desequilíbrio na expressão das diferentes forças e sensibilidades político-partidárias» nos programas de comentário da RTP, protagonizados por apenas dois protagonistas, um ligado ao PSD outro ao PS. A ERC confirma ainda que esta solução «não contempla uma expressão plural do campo político, antes contribuindo para acentuar a expressão bipolar do sistema político-partidário». Para quem quiser consultar este relatório ele está disponível em www.erc.pt.

Mas o mais engraçado foi depois deste relatório ter vindo a publico um deputado do PSD ter vindo exigir uma maior equidade quanto aos critérios de informação relativamente ao seu partido. Quando um deputado do PCP o inquiriu de que esta é uma prática comum quer exercida pelo PS quer pelo PSD quando são governo, o deputado da direita disse e estou a citar " era o que faltava o PCP querer ser de 1º Classe quando joga na 4ª classe" e que "cada um dos partidos deveria ter o tempo de antena consoante a sua representação parlamentar". Por esta ordem de ideias então a RTP vai ter de emitir muita informação relativa ao PCP quer as propostas quer as iniciativas que este desenvolveu nos últimos anos, é que como essa proporcionalidade de tempo nunca se fez e para que as coisas sejam assim justas vamos ter por certo muitas emissões de antena em que só ouviremos falar do PCP.
Venha pelo menos essa proporcionalidade.