A flor que hoje e desde à 34 anos representa o símbolo da revolução portuguesa teve de ter uma origem. Os cravos vermelhos não apareceram assim do nada. Esta talvez seja a história mais divulgada além fronteiras e que muito poucos a conhecem cá em Portugal. História, verídica, teve a origem numa mulher, Celeste Caeiro. Anos mais tarde, a quando da minha adolescência conheci-a, quase no mesmo local onde ela á 34 anos atrás, sem o saber, protagonizou um acto que ficou para a historia de Portugal.
Celeste trabalhava num restaurante na Rua Braancamp. A casa fazia um ano nesse dia e os patrões queriam fazer uma festa. O gerente comprou flores para dar às senhoras, enquanto que aos cavalheiros se daria um porto. Chegado esse dia o patrão não abriu o restaurante explicando que estava a acontecer qualquer coisa e disse para levarem as flores.Então os empregados dirigiram-se ao armazém e viram molhos de cravos, havia vermelhos e brancos. Celeste ficou com os vermelhos. De regresso a casa, apanhou o metro para o Rossio e dirigiu-se ao Chiado. Deparou-se de imediato com os tanques. Ficou impressionada com aquele aparato todo. Segundo palavras dela e que ouvi ( ela deve ter contado esta história milhares de vezes ). Transcrevo aqui em entrevista dada ao Avante as suas palavras, assim conto na primeira pessoa a emoção que esta mulher sentiu.
Celeste trabalhava num restaurante na Rua Braancamp. A casa fazia um ano nesse dia e os patrões queriam fazer uma festa. O gerente comprou flores para dar às senhoras, enquanto que aos cavalheiros se daria um porto. Chegado esse dia o patrão não abriu o restaurante explicando que estava a acontecer qualquer coisa e disse para levarem as flores.Então os empregados dirigiram-se ao armazém e viram molhos de cravos, havia vermelhos e brancos. Celeste ficou com os vermelhos. De regresso a casa, apanhou o metro para o Rossio e dirigiu-se ao Chiado. Deparou-se de imediato com os tanques. Ficou impressionada com aquele aparato todo. Segundo palavras dela e que ouvi ( ela deve ter contado esta história milhares de vezes ). Transcrevo aqui em entrevista dada ao Avante as suas palavras, assim conto na primeira pessoa a emoção que esta mulher sentiu.
« Quando vi aquilo... Bem, não há palavras. Sabia que alguma coisa se ia dar. E para bem, eu sentia que era alguma coisa para bem», diz.«Cheguei ao pé do tanque e perguntei o que é que se passava. E um soldado respondeu-me: "Nós vamos para o Carmo para deter o Marcelo Caetano. Isto é uma revolução!" "Então, e já estão aqui há muito tempo?", perguntei eu. "Estamos desde as duas ou três horas da manhã. A senhora não tem um cigarrinho?" "Não, eu não fumo. Se tivesse alguma coisa aberta, comprava-vos qualquer coisa para comer, mas está tudo fechado. O que eu tenho são estes cravos. Se quiser tome, um cravo oferece-se a qualquer pessoa." Ele aceitou e pôs o cravo no cano da espingarda. Depois dei a outro e a outro, até ao pé da Igreja dos Mártires. Foi lindo...»«Correu tudo muito bem», diz Celeste. «Tinha de correr, pois os cravos estavam nas espingardas e elas assim não podiam disparar...».
Poderia ter sido outra flor, outra cor até poderia não ter havido flor, mas houve. O cravo foi o símbolo da revolução na sua cor vermelha.
Poderia ter sido outra flor, outra cor até poderia não ter havido flor, mas houve. O cravo foi o símbolo da revolução na sua cor vermelha.
E tinha de ser vermelho, o vermelho acompanha todos os momentos da evolução revolucionária da humanidade, desde as lutas dos servos na Idade Média à Revolução Russa, passando pela Comuna de Paris. A bandeira vermelha apareceu sempre como um símbolo dos explorados e da luta pelo futuro.
Amado por uns mas também odiado por outros o cravo vermelho passou desde esse dia a ser o símbolo de uma revolução, a nossa Revolução. Por isso neste dia 25 de Abril de 2008, muitos cravos vermelhos para todos, símbolo da Liberdade.
2 comentários:
Good dispatch and this enter helped me alot in my college assignement. Gratefulness you seeking your information.
Enviar um comentário