quinta-feira, 27 de março de 2008

A Questão Tibetana


Todos nós sabemos que a China é um território grandioso. Existe um cem numero de raças, de dialectos de culturas todas elas muito diferentes uma das outras. Centralizando-me na questão Tibetana, que refiro desde já nunca foi um estado independente, há que dizer que este sempre fez parte integrante da China, apesar de ter um estatuto de autonomia. Precisaríamos de recuar até á poucos anos, mais concretamente á data da "ocupação" do mesmo, para compreender como vivia o povo no Tibete e de como era exercido o poder nesta região da China. É de notar tal como disse que o Tibete nunca foi um estado independente, nem reconhecido pela comunidade Internacional como tal. Vêm isto a propósito das manifestações contra a China pela ocupação do Tibete. Precisamos saber bem a história toda e não enganar, dizer só meias verdades que fazem com que muita gente não conheça a verdade. O próprio Dalai Lama diz que a independência do Tibete para ele está fora de questão, porque ele sabe que aquele território sempre fez parte integrante da China.

Essa é uma questão, o da independência e a formação de um novo estado. Outra questão é se há ou não há liberdade religiosa, porque penso que é disto que se trata, no Tibete, respeitando as suas tradições e a sua cultura como uma região diferente, como tantas outras existentes na China. Isso no meu ponto de vista não há. Assim como não considero que a sociedade Chinesa viva sob um regime dito de comunista. Cada vez mais e ao longo destes muitos anos, a sociedade Chinesa enveredou por uma economia de mercado , deixando todas as grandes empresas dos EUA e do mundo capitalista entrarem no país, fazendo aquilo que nós sabemos ser uma verdadeira exploração do trabalho, coisa que nos países ocidentais fazem mas com a oposição de muitos trabalhadores, coisa que lá na China não existe, essa oposição.

A questão dos direitos humanos, para mim essencial num mundo livre de exploração é uma das coisas que condeno, quando não respeitados, seja em que país for. O homem deve ser livre de pensamento, poder escolher, poder saber, poder conhecer, abrir horizontes e nunca explorar outro homem, estes são alguns dos princípios de Marx e de Lenine e são alguns dos princípios do comunismo. Quando se cai na tentação de fazer valer outros interesses que não estes, não se poderá viver numa sociedade justa. Penso que a China não será neste momento um bom exemplo do que é o Comunismo. Repare-se que nem os EUA nem a E.U. fazem referencia a esta exploração vivida pelo povo Chinês por parte, quer das grandes multinacionais ai implantadas quer mesmo da conivência do próprio governo Chinês. Isto para mim só têm uma explicação, o interesse dos poderosos é superior ao interesse do direito á liberdade de um povo.

2 comentários:

José Luís Batalha disse...

Tinha algumas duvidas em relação a toda esta "Questão Tibetana", mas após ter lido o seu post, fiquei bem mais esclarecido. Obrigado

Stranger disse...

O problema, Orlando, é que não há DEMOCRACIA. Nem na China nem no Tibete.
E atenção agora a poucos meses dos jogos olímpicos, com Pequim a querer passar ao mundo a imagem de que tudo está bem quando não está. Para que os verdadeiros problemas não passem "cá para fora" é um ver se te avias de atrocidades de direitos humanos. Tu se estivesses na China, por exemplo, já nem blog tinhas.
Beijos!