quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Perigo Fascista


Recomeça onde começou. Berlusconi é um fascista com capa de democrata. Segundo informações veiculadas pelos media, consta que pelo parlamento de Roma vai passar uma proposta para que o direito à greve seja dilacerado, ferido de morte. Querem estes senhores, desta coligação, que quando os sindicatos convocarem uma greve os trabalhadores que a ela aderirem permaneçam nos seus locais de trabalho, trabalhando, dizendo só ao patrão que estão de greve, mas continuando a trabalhar. Confuso. Pois eu também achei confuso e como estamos numa época de Carnaval, pensei que fosse alguma partida. Mas de facto não o é. Esta proposta entrou mesmo no parlamento e arrisca-se a ser aprovada pela maioria dos deputados desta câmara.
Neste momento a Itália vive uma das maiores contestações sociais dos últimos anos, com centenas de milhares de pessoas na rua, pedindo uma mudança nas politicas governamentais. O governo, na pessoa de Silvio Berlusconi, com receio de perder o poder vai deitando cá para fora leis que visam acabar com a liberdade individual de cada um, sobreponde-se mesmo às decisões dos tribunais, como foi o caso recente da jovem Eluana Englaro, em coma à 17 anos e que por decisão própria e dos seus familiares decidiu morrer, dando os tribunais provimento a tal decisão à qual no dia da sua morte os parlamentares tentaram responder com a feitura de uma lei que tornasse a decisão do tribunal nula.

Estes são exemplos de praticas, já anteriormente vista nesta nossa Europa a quando de anteriores crises económicas no século passado e que levaram com que se caminhasse para ditaduras fascistas.

A humanidade está a tomar um caminho perigoso, nunca nos esqueçamos que Hitler também chegou ao poder com o voto popular.

Será necessário estar atento a estas incursões de determinados políticos na democracia. Será sem duvida preciso resistir com todas as armas, para que algo de muito grave não aconteça.

Parabéns Siza Vieira


Mais um prémio pelo reconhecimento da obra deste nosso grande arquitecto, desta feita atribuído pela "Royal Gold Medal for Architecture 2009". É sem duvida um prémio merecido pela magnifica obra, espalhada um pouco por todo o mundo e que tanto nos prestigia como país. Homem interventivo politicamente, nunca deixa de dizer aquilo que pensa em favor de uma sociedade mais justa e fraterna em prol dos mais desfavorecidos. É arte, é saber, é cultura, o que Siza nos dá aos nossos olhos para apreciar. Tal como referiu Jerónimo de Sousa este seu trabalho, honra a cultura portuguesa.

Parabéns, deixa-nos a todos orgulhosos.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

É Carnaval ninguêm leva a Mal - (nem todos)


Todos nós temos o direito de nos indignar. Existirão por certo aspectos em que teremos razão e até poderemos levar o caso a outras instâncias, tipo tribunais. É a eles que cabe dizer se a nossa indignação tem ou não fundamento, acredita-se que um juiz faça justiça. Mas esta foi de mais, o Ministério Público ordenar a retirada de uma sátira ao computador Magalhães do “Monumento” criado para os festejos deste ano do Carnaval de Torres Vedras nada tem a ver com justiça, poder-se-á até dizer que foi mais um acto de "censura". Em causa está um autocolante que simulava o ecrã do portátil e onde se via uma pesquisa de imagens no motor de busca Google com a palavra-chave “mulheres”. O mais engraçado é que esta decisão judicial foi tomada sem uma deslocação ao local que dista apenas 200 metros do tribunal.

Para mim não está em causa o facto de um cidadão se sentir indignado com uma simples fotografia, ele terá todo o direito à sua indignação. O que aqui está em causa é o bom senso de uma poder judicial que sem ir constatar os factos, toma uma decisão sem o conhecimento real da situação. Será que querem dar nas vistas ? Será que querem agradar ao "dono"?

Não sejam mais papistas que o papa..., Viva o Carnaval, sem censura, como as fotos exibem, lol.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Estás cada vez mais em forma


Baralhado, confundido, esquecido, mergulhado naquele ar de arrogante pragmática, tipo do género que sabe sempre tudo e de todo poderoso, o José não responde, não fala, não ouve as perguntas incomodas que os jornalistas lhe fazem. Será que as redacções dos jornais receberam mais pedidos para não publicar coisas que o José não gosta, é que pelos vistos isso é uma pratica comum, segundo o que ouvi da boca do director do Expresso.

A ver vamos até onde este caso do Freeport chega, mas vendo por outros casos mediáticos que começaram na comunicação social, continuaram em investigações judiciais e tiveram o seu termino tal qual como começaram, sem se apurarem culpados, é que vai-se a ver estão todos sempre inocentes e a culpa morre sempre solteira.

É o descrédito total na justiça Portuguesa, morosa, vagarosa, cara e injusta. Quem tem amigos influentes safa-se quem não tem vai dentro. Mas atenção, aos que vão dentro (tipos assim como o José), ainda são dadas mordomias que a nós simples portugueses de 2ª nunca talvez tenhamos na vida, mesmo trabalhando de sol a sol.
É assim, isto não é para quem quer é para quem pode.

Ah Grande José, cada vez estás mais em forma.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Aprovem a Lei e Passem à Frente


Numa altura em que o país está em crise (não sei se alguma vez deixou de estar) e em que o povo se vê a braços com inúmeras dificuldades, o PS, pela voz do seu secretário geral, vai propor este fim de semana no "seu" congresso uma inovação, que para ele faz toda a diferença, entre o ser de esquerda e de direita, estou a falar do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Com esta proposta José Sócrates tenta criar um facto politico fazendo parecer que existe diferenças entre o PS e a direita, tentando ainda captar os votos de uma certa juventude que lhe estão a fugir para outros partidos. Mal vai este país quando tem um 1º Ministro "socialista", que por certo não entende o significado da palavra, e que só encontra em factos pouco relevantes diferenças entre um lado e o outro da "barricada". O tema no meu ponto de vista não me parece ser fracturante na sociedade portuguesa, mas parece-me que o querem fazer mais do que aquilo que é, desviando um debate que deverá ser feito à volta dos verdadeiros problemas que interessam aos Portugueses (o estado do País). Eles bem querem que a igreja se meta ao barulho, e alguns bispos até lhes estão a fazer a vontade. No fundo querem que o debate politico vá para o lado que lhes poderá trazer mais vantagens, desviando atenções do que realmente interessa. Este assunto, dos casamentos homossexuais é uma questão que por ser do foro intimo de cada um não deveria levantar polémica pois não me parece que seja algo que divida esquerda e direita. Esta é uma falsa questão. Existem gays em todos os quadrantes políticos. Penso não ser a orientação sexual uma bandeira de nenhum partido.

Neste congresso do PS dever-se-ia falar do que é importante e deixarem-se de tretas. Aprovem a lei e passem à frente.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

As Praças de Jorna


Frequências e mais frequências e mais exames e mais exames que por fim chegaram ao seu término, para o proximo semestre há mais (foi produtivo o esforço, bons resultados). Só tenho pena de não ter tido tempo para vir aqui, a esta minha tribuna dizer de minha justiça. Mas estou de volta. E logo com um tema que vai trazer tantos dissabores ao nosso povo.

No dia em que entra em vigor o tão famigerado "código do desemprego", perdão código do trabalho, a UGT, no voz de João Proença vêm dizer (como é seu apanágio), que do mal o mesmo, neste código (cozinhado entre os patrões, o P.S. e os amarelos), estão salvaguardadas as garantias para que os futuros trabalhadores, agora jovens, alcancem melhores condições de trabalho e de futuro sejam contratados, não a recibo verde, mas com verdadeiros contratos de trabalho. João Proença, que diga-se de passagem se têm comportado muito bem, obedecendo ao mando do "dono", vem dizer que os acordos que foram feitos foram no sentido da salvaguarda dos interesses dos trabalhadores.

Bem, acredito que a maioria dos trabalhadores não tenha lido este código, mas uma coisa tenho a certeza, os nossos patrões ganham uma "arma" que não vão querer deixar de usar. Se neste momento é o que se vê, e sente, desemprego e mais desemprego, daqui para a frente a situação será bem pior. As horas extraordinários deixam de ser pagas, começam os "bancos" de horas. Qualquer dia voltamos ao velhinho tempo dos meus avós em que, para trabalhar se ia para praça principal lá da vila, (como gado ao monte), para depois serem escolhidos pelos patrões para o trabalho desse dia. Parece que a história se repete como há 100 anos atrás. Acredito que para os patrões as "Praças de Jorna" sejam a melhor solução para poderem encher ainda mais os bolsos.
P.S.: Foto,Praça de Jorna, Traseiras da Igreja de Stº António, anos 30/40, Lisboa.