quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Como chegar ao eleitor ?

Começamos mais um período institucional em que mal ou bem, teremos de nos contentar com aquilo que temos, melhor dizendo, com aquilo que os portugueses escolheram. Cavaco, mais uma vez, ganha à primeira e diz no seu discurso que vai ser o presidente de todos os portugueses. Treta, meu não é de certeza, não votei nele, nem nunca o considerei meu presidente.

Fazendo um apanhado dos resultados eleitorais e dado que são muitos os politólogos que por estes dias vão exprimindo suas opiniões, justificando resultados de candidatos que apoiaram, venho também eu dar a minha opinião sobre o acto eleitoral que passou.

Começo pelo principio e pela confusão que foi para milhares de pessoas que querendo votar, não o conseguiram fazer. Achei de facto algo inexplicável, comigo, caso isso acontecesse iria até às ultimas instâncias. É inadmissível uma coisa destas acontecer num país dito de democrático, parece mais um país de terceiro mundo.

Falando agora do meu candidato, Francisco Lopes, ele foi de facto o melhor. Primeiro porque era o único que queria uma mudança e uma rotura com as politicas seguidas até agora. Talvez tenha “pecado” por não mentir, não dizendo coisas fáceis e agradáveis aos ouvidos dos eleitores. Este povo, pouco instruído e "analfabético" dependente, das televisões e jornais (poucos), gosta de uma boa história, se possível daquelas que metam tiros e em que o actor principal morre ou pelo menos o tentem matar. Amedrontado o povo vota (o que votou) nos do sistema, como foi o caso, no Cavaco. Os outros, que não queriam Cavaco, não querendo dar o seu voto naquele que se julgava dono do mesmo, escolheu outros. Mas mesmo assim não chegou para fazer com que o Silva fosse a uma 2ª volta. O resultado do Francisco, a meu ver, é um bom resultado, atendendo a que, em Setembro do ano passado, durante a Festa do Avante, era um desconhecido para a maioria do povo votante da CDU. Mas e porque os objectivos não foram conseguidos, esta eleição passa a ser uma derrota também para ele e para o meu partido. Penso que o problema não foi a escolha do mesmo, porque este desempenhou o papel na perfeição. Talvez a mensagem e insisto neste ponto da mensagem, não conseguisse passar devido a problemas na comunicação e na forma de comunicar. Continuo a pensar que o partido deveria aprofundar e rever certas formas de chegar à população. Será importante um debate interno à cerca da forma de comunicação que o partido faz. Penso que é neste ponto que está o cerne da questão. Rever a forma como se fazem os documentos, documentos com mensagens mais concisas e não tão extensíveis (um exemplo). Penso que este debate interno é necessário fazer-se.

Quanto ao resto, tudo na mesma, uns governam porque o povo quer, outros lutam porque o povo se vê oprimido e explorado. Nós continuaremos na luta.

Até logo camaradas.