Existem pessoas que devem de ser recordadas pela sua coragem de vida, Ivone Dias Lourenço era uma dessas.Nascida em 1937 em Vila Franca de Xira, de origem operária, Ivone Dias Lourenço dedicou toda a sua vida à luta do seu Partido de sempre pela liberdade, a democracia e o socialismo. Membro do PCP desde 1953, participou no MUD na primeira metade da década de 50, foi membro do Comité Local do Porto e desempenhou, ainda antes do 25 de Abril, várias tarefas ligadas ao aparelho técnico do Partido. Na clandestinidade desde 1956, Ivone Dias Lourenço passou sete anos nas prisões do regime fascista. Integrava actualmente o colectivo do Avante!, sendo desde o 25 de Abril secretária da redacção do órgão central do PCP
Filha de um grande militante do PCP Antonio Dias Lourenço, desde muito nova soube o que era viver na clandestinidade. Os sete anos que passou na prisão fazem de Ivone Dias Lourenço entrar no núcleo de mulheres que mais anos passaram nas cadeias fascistas. Toda a sua juventude foi vivida a lutar contra um regime que ela abominava. Uma mulher de armas que soube sempre estar ao lado daqueles que mais precisaram. A sua vida foi sempre a causa da liberdade, da igualdade da não discriminação das mulheres e de todas as minorias. Numa altura em que muitas mulheres estão a emergir na sociedade portuguesa em alguns cargos de maior relevância há que não esquecer aquelas que sempre lutaram para que hoje em dia existisse uma maior igualdade, ainda muito longe de ser total, entre homens e mulheres.
Até sempre Camarada.
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