quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Ensino Superior Público


Não se trata de esquecimento mas é que são tantas as medidas gravosas que este nosso querido Primeiro e o seu bando de inúteis têm tomado que não tenho tempo sequer para me debruçar sobre todas elas. Bem aqui fica mais uma.
O governo prepara-se para fazer ainda mais cortes financeiros nas Universidades Públicas levando a que algumas delas tenham de começar a fechar determinados cursos e a dispensar os seus professores. Fala-se em dispensar milhares de profissionais, muitos deles em situação de vínculos precários, pois são docentes não integrados nos quadros e por isso mesmo vão ficar numa situação difícil. Esta é uma parte do problema. As principais universidades visadas serão todas as do interior: Algarve, Évora, Trás-os- Montes e Alto Douro e Açores que neste momento se encontram a viver situações de garrote orçamental. O Ministro da tutela, Mariano Gago, que têm passado despercebido nos sucessivos executivos nada têm feito para mudar esta situação, pelo contrario. O que têm acontecido é que o ensino universitário público têm vindo a fechar aos poucos todos os cursos nocturnos exactamente com os mesmo argumentos de falta de dinheiro para pagar a docentes. Durante anos abriram-se cursos que ninguém soube para que serviam sem nunca se fazer um estudo da real necessidade do país em termos de licenciaturas. Por exemplo é um escândalo não ter aberto mais nenhuma faculdade de medicina, quando são precisos tantos médicos, obrigando muitos daqueles que não conseguiram nota para entrar aqui em Portugal a irem tirar o curso para Espanha.
Mas para além de já ser grave o facto destes docentes ficarem sem emprego não é menos grave o facto de o fecho de muitos destes cursos serem nas faculdades do interior do país. Zonas já por desertificadas e esquecidas pelos governantes e que sobrevivem pela manutenção das poucas faculdades existentes e consequentemente dos seus estudantes que trazem algum desenvolvimento financeiro, quebrando assim muitas vezes a monotonia e o isolamento a que são vedadas.
Será que se vai fazer como na saúde, fechar e fechar sem se arranjar alternativas. O Ministério estuda a hipótese de fechar todos os cursos com menos de vinte alunos, mas não foram os alunos que abririam os cursos.

Esta classe politica não pensa e muito menos tem perspectivas de futuro. Agora se percebe porque Mariano Gago não aparece muito é mesmo porque não têm nada para fazer ou propor. A ordem é privatizar e quem quiser ensino, paga, caso tenha dinheiro.

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