terça-feira, 21 de agosto de 2007

"Verde Eufémia" ao Serviço do "Esclarecimento"



Uma organização penso que ambientalista chamada de "Verde Eufémia" desenvolveu uma acção de protesto no passado fim de semana na herdade da Lameira. Sejam quais forem os princípios invocados quanto aos alegados benefícios ou malefícios das culturas transgénicas e por mais que possamos condenar o facto de estas culturas estarem a ser desenvolvidas em Portugal não será desta forma que se deve protestar. A violação de propriedade privada é sem duvida uma violação da lei. E a lei deve de ser respeitada. Existem muitas formas de chamar a atenção para o problema. Até porque a solução terá sempre de passar pelo esclarecimento junto das populações e muito especialmente dos agricultores por forma a demonstrar-lhes os malefícios que este tipo de culturas trazem. Ouvi as palavras de um dirigente do Partido Ecologista Os Verdes. Segundo Vítor Cavaco, o facto de serem "contra a utilização de OGM", não os leva a serem favoráveis "a acções deste género". O mesmo dirigente considera que "as coisas não devem ser levadas a cabo desta forma nem desligadas da população". Concordo. Miguel Portas, dirigente do BE ao seu estilo habitual veio defender esta intervenção, justificando que os OGM "deveriam de ser discutidos pela sociedade Portuguesa". Ora se as discussões deste(s) senhor(es) são desta forma, não há duvida que todos nós ficamos mais esclarecidos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não se diz (ou escreve) "a lei deve de ser respeitada", mas sim "a lei deve ser respeitada". De resto, embora também discorde da acção "Verde Eufémia", principalmente por ser dirigida contra um pequeno agricultor, de forma violenta, sem que aparentemente tenham sido previamente tentadas alternativas, não considero que a propriedade privada seja "sagrada". A propriedade privada (especialmente da terra) é uma convenção social e implica responsabilidade na forma de a usar. Há circunstâncias em que o interesse colectivo se sobrepõe ao direito à propriedade privada (nacionalizações, reformas agrárias, por exemplo).