segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O "Assalto"


Estou cada vez mais convencido da existência de culpados no meio desta história toda. Depois das notícias vindas a público sobre a orquestração de um plano, por parte da direcção do partido Socialista e do Governo, para o assalto final à comunicação social e o seu respectivo controlo, fico pasmo como é que, provas evidentes, dessa mesma conspiração foram mandadas destruir por parte do Procurador Geral da República, ordem essa prontamente executada pelo Presidente do Supremo, Noronha do Nascimento (pelos vistos não respeitada, e ainda bem). Até chegar a estes senhores, todo o processo passou por várias pessoas, investigadores da polícia judiciária, juízes e procuradores, e todos eles acharam que existiam fortes indícios que apontavam para a existência de crimes. O que me parece é que para além do controlo, já existente na comunicação social, também existe um controlo na justiça. A independência da justiça em relação ao poder político, neste e noutros processos, está a ser posta em causa, pela ambição desmedida de alguém que mais parece ser um "ditador".

Penso que os partidos e muito em especial o PCP, deveriam ser mais combativos em relação a toda esta situação, exigindo que todas as conversas (que dizem ser particulares) fossem tornadas públicas, e que se de facto existissem provas em concreto, para levar estes senhores ao banco dos réus, exigissem com muita veemência a sua condenação. Sei que por norma o PCP não comenta factos que não estão provados e aos quais a justiça não se pronunciou, é ser o politicamente correcto, e quase mais "papista que o papa".Mas penso que neste caso só um comunicado oficial, como o que foi enviado ontem para as redacções, por parte do PCP, não chega. Um partido que sofreu na pele, anos e anos de repressão, deveria ter uma actuação mais enérgica nesta situação, até porque o esclarecimento e a verdade são uma das formas pelas quais o PCP chega ao seu eleitorado. Por tudo isto gostaria de ver o meu partido a ser mais interveniente nesta matéria, por achar de primordial importância para a nossa liberdade o conhecimento completo da verdade.

Continuo a pedir com urgência uma operação mãos limpas.

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