Todos somos descriminados, uns mais que outros, então se fizermos parte de uma minoria, as discrepâncias de tratamento são ainda mais evidentes. Mas como sempre a luta é o caminho e neste caso há anos que uma minoria da população luta para encurtar estas discrepâncias.
Os deficientes denunciam a desigualdade de oportunidades e de tratamento a que estão sujeitos.Para fazer valer os seus direitos e alertar para essa discriminação vão partir, hoje dia 29 de Julho de Valença com destino a Faro, numa distancia de 900 quilómetros, em cadeira de rodas, um paraplégico e uma portadora de paramiloidose (doença dos pezinhos) . Diz o organizador desta iniciativa "A deficiência não é uma fatalidade, mas sim um desafio, e é isso mesmo que queremos provar com esta Volta a Portugal, que se assume também como um grito de protesto contra a desigualdade de oportunidades que continua a grassar no país, a vários níveis". José Lima, o mentor da iniciativa tem 53 anos e o outro participante é uma mulher de 48, chama-se Rosa Carvalho que há mais de duas décadas se desloca em cadeira de rodas, por ser portadora da "doença dos pezinhos". Estes dois "aventureiros" que participam nesta Volta a Portugal sonham chegar aos Jogos Paralímpicos de 2012.
Numa altura em que os jogos olímpicos estão a começar e sabendo que a verbas envolvidas para os atletas olímpicos e os paralímpicos são como agua do vinho, esta iniciativa vem mais uma vez fazer alertar consciências para um problema que continua a persistir e sobre o qual as autoridades competentes não têm dado o devido valor.
De referir que mesmo assim são os atletas paralímpicos que trazem medalhas em nome de um país que não lhes dá a mínima atenção.
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